sexta-feira, 9 de abril de 2010

Mantive o blog no blogspot desde maio de 2008, porém, com o passar do tempo percebi que o wordpress me oferece mais ferramentas e layouts um pouco mais “profissionais” então, como tudo na vida evolui, resolvi permitir que o VIDA EM PROSA evolua também.

O novo endereço é:

http://risoemprosa.wordpress.com



Com carinho,

Déka Dias

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Quando você se foi eu senti como se todo o meu mundo tivesse ido também, senti meu coração parar por alguns segundos e desde então não voltou mais ao normal. Me senti sozinha, pequena e tive medo. Medo de ter que sair para o mundo sem você, medo de não ter seu abraço nas noites frias, medo de não ser o seu amor... Naquela noite você me disse que talvez não fosse um adeus, que ninguém apagaria o que vivemos. Essas mentiras diminuíram minha dor até ver você virar as costas e não voltar, ver os dias passarem, ver outra em meu lugar. Não, nada voltou ao normal, é como se o coração batesse pela metade,apertado... É como se, mesmo entre os outros eu estivesse sozinha, falta uma parte. A cada dia a distancia aumenta e a certeza do “nunca mais” atormenta a minha alma. Nossa personalidade nos levou a lugares diferentes mas não deixou de ser igual. Para sempre o meu par.

domingo, 13 de dezembro de 2009


Hoje não sei descrever como me sinto. Acordei de um sono inquieto, cheio de interrupções e um calor inexplicável. Coração disparado, confusão. Não sei.

Procuro por algo há muito tempo. Algo que me complete, preencha. Mas nunca soube ao certo o que. Procurei em lugares, pessoas, errados! Errados não por eles próprios, mas errados por mim, pela busca desregrada. Errados foram os momentos, a ocasião, não as pessoas.

Está chovendo lá fora, uma chuva fina e insistente. Aqui dentro apenas um filme passando pela segunda vez, um café quente na xícara e uns cigarros apagados, em flores.

Resolvi tentar explicar com palavras, tentar achar respostas para essa inquietude. Aliás, eu sempre tento. Penso e escrevo, escrevo e penso, e não chego a lugar algum.

Acho válido citar que o filme que estou assistindo é “A mulher invisível” e concordo plenamente com a moral da história: a perfeição não existe.

Mas, voltando ao assunto, de tanto pensar, procurando a resposta, entendi que o problema é justamente não conhecer a mim mesma tão bem quanto imaginava. Como posso procurar algo, se nem sei o que preciso? Ir a tantos lugares, sem saber realmente o que gosto de fazer?

De mim sei que, gosto de ver filmes repetidamente, é bom para compreender alguns detalhes; e também que, não posso ler um texto antes de terminar de escrevê-lo, me sinto ridícula, platônica... É desestimulador.

Mas, o que é ser ridículo? O que é ser normal? É tudo uma questão de foco ou conveniência, dependendo da situação. Digo conveniência porque, determinadas –regras- são feitas segundo o interesse de alguns, e o resto, simplesmente, aceita. Seguem sem pestanejar.

Não gosto dessas regras. Não posso acreditar que as pessoas sejam tão estáveis, padronizadas. A instabilidade é o segredo do encanto. Quando conhecemos alguém e esse alguém se torna especial, é justamente pelas peculiaridades, pela graça da descoberta, do diferente.

Eu não quero uma extensão de mim, quero o complemento. Não quero que alguém goste sempre das mesmas coisas, quero que me apresentem o novo.

Não sei por que o texto está tomando este rumo, mas os textos, as palavras e as idéias são livres. O papel do escritor, não que eu o seja, é dar o espaço e a possibilidade que as letras precisam para se encontrar.

O fato é que toda essa “liberdade literária” causa idéias sem nexo algum. Mas e o que é o nexo? Por que precisamos dele? Ok, não vou recomeçar os questionamentos, seria redundante.

Enfim, o que quero dizer é que a vida é isso: essa confusão, mistura louca de sentimentos, erros e acertos. Porque é isso que nos mantém vivos. A perfeição é boa apenas no inicio, depois abre espaço para a monotonia.

Sejamos instáveis, imperfeitos, confusos, mas, sejamos! Ser gente de verdade, que ama, odeia, chora e sorri, gente que sente e que se deixa sentir.

[Déka Dias]

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Eu ainda preciso plantar uma árvore e escrever um livro. A primeira eu já sei quando vou fazer, mas a segunda eu já poderia [e deveria] ter começado. Estou sempre adiando a produção por vários motivos, dentre eles: não sei exatamente sobre o que escrever pois não me considero ‘sabedora’ de algo a ponto de escrever e também porque tenho o hábito de escrever sempre à mão. Sim! Todos os textos que aqui escrevo são feitos, inicialmente, em alguma folhinha de papel. Agora, imaginem o trabalhão que vai dar quando eu resolver escrever um livro. Fazer tudo num caderno para depois digitar, haja tempo e paciência. Mas, estar diante de um computador me deixa tensa, me sinto distante demais, fria demais. Não sei como explicar mas, o contato com a caneta e o papel, o cheiro da tinta, vê-la ganhando o espaço em branco, é como se eu estivesse mais próxima, mais aberta às emoções, mais livre. Deve existir alguma teoria sobre isso, acredito que eu não seja a única a ter essas manias um tanto quanto excêntricas.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Déka, em mais um momento [quase]filosófico...

Primeiro de dezembro de dois mil e nove. Estamos oficialmente em "clima natalino" [se bem que os shoppings já trataram de adiantar os preparativos]. O ano está morrendo para que o outro possa nascer, porque assim como na vida, tudo se renova. E o que dizer deste ano? Foram tantas expectativas, planos e promessas. Mas é assim que deve ser, sempre é. E quando chega ao fim, aquela sensação de nostalgia toma conta de nós e começamos a pensar em tudo, como foi e como poderia ter sido.É incrível como a mente e o corpo se habituam a esses convencionalismos. Um ano é o tempo exato que o corpo agüenta nossa [tão amada] correria. Quando o décimo segundo mês se inicia, já estamos no limite do cansaço e da paciência.E é exatamente nesse momento que começam a estragar tudo. O natal, assim como todas as outras datas festivas, se tornou nada mais do que um grande comércio. Tudo é motivo de propaganda, dinheiro.É como se o ser humano se apegasse ao ato de comprar, presentear, como se a mudança do ano fosse resolver todos os problemas, mas... o que muda?Eu me pergunto onde tudo isso vai parar. Até onde os preços vão ser reajustados, até onde tudo vai ser tão banalizado... Mas enquanto nada muda e eu não obtenho as respostas: Que venha 2010 com todos os novos planos e promessas.
E que seja bom, né?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

"às vezes eu me pergunto em qual parte da minha vida o meu caminho vai cruzar com o teu e como vou saber que é você..."

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sobre "perder pessoas"

Um amigo me disse que não perdemos as pessoas porque não podemos perder algo que não possuímos. Realmente não podemos prender ninguém conosco, apenas conquistá-las, cativa-las de modo que escolham ficar ao nosso lado por uns tempos, ou por uma vida.

Mas as vezes as pessoas se afastam. Algumas não dizem -adeus-, não dão explicação, apenas... vão. E esse afastamento pode ser opcional, ou causado pela morte. De qualquer forma precisamos aprender a conviver com a falta, com a saudade e com um vazio que [talvez] nem o tempo cure.

Isso me faz pensar em qual das duas situações é mais difícil: "perder" alguém para a vida ou para a morte?

Se perde para a vida quando o outro se afasta de nós porque nossa presença já não é mais suficiente, quando já não se sente tão bem ao nosso lado, ou quando simplesmente mudou de opinião, encontrou algo que o complete, algo "melhor"... Quando isso acontece, ainda podemos encontrar a pessoa por ai, dizer -oi-, saber as novidades, mas sempre teremos que conviver com a estranha sensação de não ver sentimento algum naqueles olhos que antes brilhavam apaixonados, beijar a face de quem sempre beijamos os lábios e ainda assim, precisar agir como se tudo isso fosse normal...

Perder para a morte nos traz a certeza de que não poderemos mais ver o rosto, ouvir a voz ou sentir o cheiro de alguém que foi obrigado a nos deixar. A morte é uma interrupção de algo que poderia continuar por mais tempo, ou não, nunca saberemos.

Eu não sei a resposta, mas vivo com a sensação de que perder para a vida dói mais. Veja bem, não estou dizendo que lidar com a morte é algo fácil, pelo contrário, sei como é doloroso, mas muitas vezes dedicamos o que há de melhor em nós à alguém e esse alguém simplesmente desiste, se afasta porque todo o nosso amor já não é suficiente.

Eu não sei...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Inquietude constante causada por uma reflexão diária a respeito de o que está acontecendo com o mundo e com as pessoas que nele vivem.

Seria um bom diagnóstico para a minha insônia e, principalmente para o meu silêncio. Já gastei tanto tempo procurando as respostas, tentando entender o porque de as pessoas estarem tão individualistas, tão nervosas e tão vazias, que aos poucos me sinto contaminada com essa frieza... É isso! As pessoas cansaram de "remar contra a maré" e, simplesmente desistiram de se preocupar, de tentar mudar o que não pode ser mudado para quem sabe assim, viver melhor...[continua, ou não.]

sábado, 24 de outubro de 2009

Sonhei um pano colorido estendido sobre a grama verde. O sol brilhava na intensidade exata. Sonhei um abraço e um convite irrecusável: deixar o dia passar preguiçoso, despreocupado. Sonhei a primeira brisa da noite, a primeira estrela no céu. Sonhei nosso silêncio, que tanto diz. Sonhei essa vontade que eu sinto. Sonhei não me afastar nunca mais.