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Com carinho,
Déka Dias
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Eu ainda preciso plantar uma árvore e escrever um livro. A primeira eu já sei quando vou fazer, mas a segunda eu já poderia [e deveria] ter começado. Estou sempre adiando a produção por vários motivos, dentre eles: não sei exatamente sobre o que escrever pois não me considero ‘sabedora’ de algo a ponto de escrever e também porque tenho o hábito de escrever sempre à mão. Sim! Todos os textos que aqui escrevo são feitos, inicialmente, em alguma folhinha de papel. Agora, imaginem o trabalhão que vai dar quando eu resolver escrever um livro. Fazer tudo num caderno para depois digitar, haja tempo e paciência. Mas, estar diante de um computador me deixa tensa, me sinto distante demais, fria demais. Não sei como explicar mas, o contato com a caneta e o papel, o cheiro da tinta, vê-la ganhando o espaço em branco, é como se eu estivesse mais próxima, mais aberta às emoções, mais livre. Deve existir alguma teoria sobre isso, acredito que eu não seja a única a ter essas manias um tanto quanto excêntricas.
Se perde para a vida quando o outro se afasta de nós porque nossa presença já não é mais suficiente, quando já não se sente tão bem ao nosso lado, ou quando simplesmente mudou de opinião, encontrou algo que o complete, algo "melhor"... Quando isso acontece, ainda podemos encontrar a pessoa por ai, dizer -oi-, saber as novidades, mas sempre teremos que conviver com a estranha sensação de não ver sentimento algum naqueles olhos que antes brilhavam apaixonados, beijar a face de quem sempre beijamos os lábios e ainda assim, precisar agir como se tudo isso fosse normal...
Perder para a morte nos traz a certeza de que não poderemos mais ver o rosto, ouvir a voz ou sentir o cheiro de alguém que foi obrigado a nos deixar. A morte é uma interrupção de algo que poderia continuar por mais tempo, ou não, nunca saberemos.
Eu não sei a resposta, mas vivo com a sensação de que perder para a vida dói mais. Veja bem, não estou dizendo que lidar com a morte é algo fácil, pelo contrário, sei como é doloroso, mas muitas vezes dedicamos o que há de melhor em nós à alguém e esse alguém simplesmente desiste, se afasta porque todo o nosso amor já não é suficiente.
Eu não sei...