sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sobre "perder pessoas"

Um amigo me disse que não perdemos as pessoas porque não podemos perder algo que não possuímos. Realmente não podemos prender ninguém conosco, apenas conquistá-las, cativa-las de modo que escolham ficar ao nosso lado por uns tempos, ou por uma vida.

Mas as vezes as pessoas se afastam. Algumas não dizem -adeus-, não dão explicação, apenas... vão. E esse afastamento pode ser opcional, ou causado pela morte. De qualquer forma precisamos aprender a conviver com a falta, com a saudade e com um vazio que [talvez] nem o tempo cure.

Isso me faz pensar em qual das duas situações é mais difícil: "perder" alguém para a vida ou para a morte?

Se perde para a vida quando o outro se afasta de nós porque nossa presença já não é mais suficiente, quando já não se sente tão bem ao nosso lado, ou quando simplesmente mudou de opinião, encontrou algo que o complete, algo "melhor"... Quando isso acontece, ainda podemos encontrar a pessoa por ai, dizer -oi-, saber as novidades, mas sempre teremos que conviver com a estranha sensação de não ver sentimento algum naqueles olhos que antes brilhavam apaixonados, beijar a face de quem sempre beijamos os lábios e ainda assim, precisar agir como se tudo isso fosse normal...

Perder para a morte nos traz a certeza de que não poderemos mais ver o rosto, ouvir a voz ou sentir o cheiro de alguém que foi obrigado a nos deixar. A morte é uma interrupção de algo que poderia continuar por mais tempo, ou não, nunca saberemos.

Eu não sei a resposta, mas vivo com a sensação de que perder para a vida dói mais. Veja bem, não estou dizendo que lidar com a morte é algo fácil, pelo contrário, sei como é doloroso, mas muitas vezes dedicamos o que há de melhor em nós à alguém e esse alguém simplesmente desiste, se afasta porque todo o nosso amor já não é suficiente.

Eu não sei...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Inquietude constante causada por uma reflexão diária a respeito de o que está acontecendo com o mundo e com as pessoas que nele vivem.

Seria um bom diagnóstico para a minha insônia e, principalmente para o meu silêncio. Já gastei tanto tempo procurando as respostas, tentando entender o porque de as pessoas estarem tão individualistas, tão nervosas e tão vazias, que aos poucos me sinto contaminada com essa frieza... É isso! As pessoas cansaram de "remar contra a maré" e, simplesmente desistiram de se preocupar, de tentar mudar o que não pode ser mudado para quem sabe assim, viver melhor...[continua, ou não.]

sábado, 24 de outubro de 2009

Sonhei um pano colorido estendido sobre a grama verde. O sol brilhava na intensidade exata. Sonhei um abraço e um convite irrecusável: deixar o dia passar preguiçoso, despreocupado. Sonhei a primeira brisa da noite, a primeira estrela no céu. Sonhei nosso silêncio, que tanto diz. Sonhei essa vontade que eu sinto. Sonhei não me afastar nunca mais.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ahh....

E hoje eu senti vontade de ser -eu. Me esconder de tudo e passar algumas [muitas] horas protegida naquele mundo que só eu conheço [e amo] ou que, talvez, um outro alguém [que eu ainda não conheci] conheça também.

É um mundinho simples, sabe? Porque tudo que é simples é muito, muito rico. Rico de paz, de sensações, rico de vida. E vida, que eu saiba, é isso: encontrar um pedacinho de paz dentro de mim mesma, sem artifícios, sem mentira. É gastar um pouquinho do meu tempo cuidando de mim, alimentando a alma com som, cor e um pouquinho de prosa.

E hoje eu senti vontade de ser -eu. Tirar todas as máscaras, o disfarce de mulher -quase- forte e ser apenas eu: uma menina e seu mundinho imaginário. Banho quente. Pantufa. Cheiro de café novo no ar. Joshua Radin no rádio. Livros. Cadernos. Rabiscos. Vida. Minha vida.

Ah!... E que vontade de ser eu....
[que bom]

sábado, 17 de outubro de 2009

"Que o simples permaneça, que o simples aconteça"